DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS?

Lembram do "Eu sabiiiiaaaaa!!!!!" do Galvão?

Aposto que todo mundo achou lindo, um gesto nobre digno de um campeão, Senna deixar seu amigo e companheiro de equipe Gerhard Berger vencer o GP do Japão de 1991, uma ordem dada pela McLaren, saibam. Por que a mudança de opinião agora, frente ao ocorrido entre Massa e Alonso?
O que aconteceu em Hockenheim domingo passado, foi A MESMA COISA, uma ordem de equipe, simples assim.
Lembrem-se que nos primórdios da F-1 (anos 1950), não se trocava apenas de posição na prova, mas também de carro, Fangio venceu um campeonato assim, inclusive.
Pra quem se interessa pelo assunto, tem um excelente texto do Bob Sharp no blog AutoEntusiastas que vale a pena.

 
 "Pra mim, o meu país é o que mais importa..."

Agora, o Massa vem dizer que corre pelo país, isso me irrita... Não acho que pilotos representem pátrias, não gosto dessa mistura de esporte com nacionalismo, acho que há um enorme exagero nessas coisas, mas reconheço que elas existem. Me parece que toda essa repercussão foi um exagero, as pessoas não deveriam levar um esporte tão a sério assim. É só uma corrida, ou só um jogo de futebol, o mundo não vai acabar porque um ganhou e o outro perdeu, esporte é entretenimento, mas não posso discordar da observação do Flávio Gomes:
"No esporte muita gente encontra uma válvula de escape para suas mazelas pessoais, isso no mundo inteiro, com maior ou menor intensidade, depende do país. No esporte se procura o sucesso e se foge do fracasso, há uma transferência de sentimentos, muito disso tudo acaba virando demonstração de carência, as pessoas precisam de ídolos para compartilhar suas vitórias, se apropriar delas. Se sentem traídas, violentadas, quando decepcionadas, quando a atitude de seu ídolo não é aquela que se esperava".
Pois é, não acreditem tanto na Globo, que tem por costume "endeusar" quem a interessa.


Dèja Vu?

Aliás, na época do episódio entre Senna e Berger, o Galvão tomou uma bronca da direção da Globo, "Se voce sabia, porque não disse antes?" e o mais legal foi a cara que Galvão ficou depois que a história da mensagem da equipe veio a público.

Senna foi um grande piloto, entre os melhores de todos os tempos, (um patriota, aliás) mas não era herói e muito menos santo como vendem por aí, mas isso é assunto para outro post.

2 comentários:

  1. Depois o Rubinho leva a fama

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  2. O nacionalismo contaminando a análise do esporte é uma praga no mundo inteiro. E no Brasil é facil de observá-la em vários esportes, entre os quais o futebol, o automobilismo, o tênis e, principalmente, as lutas de vale-tudo. Nunca vi um brasileiro entrar num destes ringues sem ser considerado o favorito absoluto, seja lá quem for o adversário.

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