Brugge é uma cidade fantástica, uma das, senão a mais bonita que já conheci.
Tem até uma madona do Michelangelo lá:
Mas, como sempre, não estamos neste blog pra falar sobre turismo, nossa assunto é de muito maior importância.... Há, em Brugge, dois lugares obrigatórios para o amante da boa cerveja.
De Garre:
Eu tinha o endereço: "De Garre 1", sabia onde deveria estar a rua, mas a rua não estava lá! No meio de muitos turistas andando pra lá e pra cá, eu procurava a rua mas ela não estava lá. Á noite tentei achar a rua em volta do quarteirão e nada, voltei pra onde eu tinha andado durante o dia e, lá estava, onde durante o dia uma multitude de corpos cobriam minha vista, não uma rua mas sim uma passagem, uma vielinha, onde mal cabia um corpo, se este fosse de um gordo, apesar do excesso de cervejas que venho bebendo, este não é o meu caso e passei facilmente, achando aquele velho prédinho de 2 andares, deve ser do século XIII ou XIV, dentro, um lugar pequeno, com um mezanino ao qual se vai por uma escadinha minúscula e torta onde já se pensa estar bêbado ao entrar e imagina-se sóbrio ao sair.
Este bar fornece uma boa lista de cervejas mas a estrela é a "De Garre" uma tripel com mais de 11%ABV mas que desce com uma facilidade perigosa, tanto é que eles servem, no lindo copo, um máximo de 3 por pessoa.
Foi amor ao primeiro gole, a De Garre tornou-se imediatamente uma das minha cervejas preferidas.
Eu tomei só duas De Garre porque também queria provar a "Pannepot" que é muito dificil de ser encontrada e tem produção limitada. Esta é uma cerveja escura e viscosa, forte com um amargor gostoso.
Uma micro cervejaria no centro de Brugge, eles produzem a Brugse Zot, uma refrescante e saborosa Goldenblond, a Straffe Hendrik uma Tripel com 9%ABV, do jeito que eu gosto, um pouco mais amarga e, a Straffe Hendrik Quadrupel, deliciosa, imperdível.
Nós compartilhamos uma mesa com um casal belga e, quando eu achei que já tinha tomado o suficiente, eles nos pagaram uma rodada e "tive" que tomar mais uma quadrupel, tornando-me uma pessoa muito mais simpática.
A De Garre tornou-se uma das minhas cervejas preferidas, batendo mesmo algumas das trapistas, e qual não foi minha surpresa há algumas semanas atrás quando o pub belga aqui perto de casa começou a servir De Garre "on tap", eu tomei tantas que até ganhei um dos bonitos copos De Garre. Infelizmente quando acabam os barris, tem-se que esperar por outra remessa e isso leva algum tempo.
Eu também encontro as cervejas "De Halve Maan", em garrafas, em alguns lugares aqui em Seattle, mas ainda não a quadrupel, eu já pedi pro dono de uma loja pra traze-la.
Copo quase vazio e o guia de viagem, um cenário evocativo do que foi minha viagem: Um sem parar de esvaziar copos e pegar o trem para a próxima cidade que tenha uma boa cervejaria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.